Legge, "razza" e diritti
A partire dalla Critical Race Theory

a cura di Thomas Casadei e Lucia Re

Recent events, from the banlieue riots in Paris to the Katrina hurricane disaster in the United States, as well as diverse and increasingly widespread processes driven by "security" policies, appear to have led to the resurfacing of the ambiguous and feared concept of "race". This discussion forum, inspired by a spirit of dialogue and pluralism and voicing a range of interpretative analyses and perspectives, will seek out possible answers to a number of important questions, including whether the notion of race can be used to "decode" contemporary societies and their dilemmas, fractures and aphasias on a number of issues. It will also discuss whether, in taking race seriously (thus providing a cautious, affirmative answer to that first question) we need to re-modulate the very vocabulary of practical philosophy in its ethical, political and juridical dimensions.

Against this transformational backdrop it might seem "paradoxical" to consider using the notion of "race" as an interpretative category and "diagnostic tool". It is a notion which, although it has retained a specific and relevant connotation in the particular context of the United States (where it has been progressively absorbed by neutrality and colour-blindness approaches, at least until the powerful emergence, towards the end of the 1980s, of the racial-difference theories of strong-minded African-American scholars), is still overshadowed in the European context by a veil that prevents its resurrection, following the unspeakable tragedies generated by the racism and horrific practices of totalitarian regimes.

In order to undertake this complex task of investigation and possible re-shaping of some of the key categories in contemporary debate (including those of citizenship, equality, conflict, discrimination, security, identity and gender difference), we propose using as a focal point a particular history, such as that of critical race theory (CRT).

This proposal is occasioned by the publication of the first anthology in Italy - and the only one in Europe - that gathers together the most significant writings of a movement of intellectuals who combine theoretical reflection with strong civil and political commitment: Legge, razza e diritti. La Critical Race Theory negli Stati Uniti, edited by Kendall Thomas and Gianfrancesco Zanetti (Reggio Emilia: Diabasis, 2005). (For a more detailed treatment of the topics of this forum see Thomas Casadei, Lucia Re (eds), Differenza razziale, discriminazione e razzismo nelle società multiculturali, Reggio Emilia: Diabasis, 2007, vol. 1 and 2.)

If you want to join the forum, please send a paper (min. 3- max. 5 pages) to Lucia Re

Alcuni eventi recenti, dalla rivolta parigina delle banlieues al disastroso uragano Katrina negli Stati Uniti, nonché molteplici processi, sempre più estesi, orientati dalle politiche «securitarie» paiono riportare in circolazione un concetto ambiguo e temuto come quello di 'razza'. Uno degli interrogativi principali cui si intende con questo forum di discussione fornire alcune possibili risposte, all'insegna di uno spirito dialogico e plurale che dia voce ad una molteplicità di analisi e di prospettive interpretative, consiste nel chiedersi se quella della razza può essere una nozione utile a 'decifrare' le odierne società e i loro dilemmi, fratture, afasie, con riguardo a molteplici issues; inoltre, il forum intende discutere se, prendendo sul serio la razza (e dunque assumendo una risposta cautamente positiva al primo interrogativo) non sia necessario rimodulare lo stesso lessico della filosofia pratica, nelle sue dimensioni etiche, politiche, giuridiche.

Può certamente apparire 'paradossale' il fatto che in questi scenari di trasformazione si possa pensare di utilizzare, come categoria interpretativa, come «strumento diagnostico», la nozione di razza: nozione che se ha mantenuto una specifica e rilevante connotazione nel peculiare contesto statunitense (anche qui comunque progressivamente assorbita entro le logiche della neutralità e della color blindness, almeno fino al comparire, prepotente, sul finire degli anni ottanta del Novecento, delle teorie della differenza razziale proposte da agguerriti studiosi afroamericani), di certo, nel contesto europeo, è ancora come 'oscurata' da un velo che ne impedisce la risorgenza dopo gli indicibili drammi generati dal razzismo e dalle pratiche mostruose dei regimi totalitari.

Per svolgere questo complesso esercizio - al contempo di indagine problematica e di potenziale riconfigurazione delle principali categorie-chiave del dibattito contemporaneo (basti qui citare quelle di cittadinanza, eguaglianza, conflitto, discriminazione, sicurezza, identità, differenza di genere) - si propone di assumere come riferimento una storia, particolare, come quella della Critical Race Theory (CRT). L'occasione è offerta dalla pubblicazione della prima antologia in lingua italiana, unica anche nel contesto europeo, dei principali saggi che hanno segnato questo movimento di intellettuali che alla riflessione teorica uniscono un intenso impegno civile e politico: Legge, razza e diritti. La Critical Race Theory negli Stati Uniti, a cura di Kendall Thomas e Gianfrancesco Zanetti (Diabasis, Reggio Emilia 2005). (Per un approfondimento dei temi trattati in questo forum vedi Thomas Casadei, Lucia Re (a cura di), Differenza razziale, discriminazione e razzismo nelle società multiculturali, Diabasis, Reggio Emilia 2007, voll. 1 e 2.)

Chi desidera partecipare al forum può inviare un contributo di minimo 3 massimo 15 cartelle a Lucia Re.

Alguns eventos recentes, da revolta parisiense nos banlieues ao desastroso furacão Katrina nos Estados Unidos, além de múltiplos processos, sempre mais extensos, orientados por políticas "de segurança", parecem recolocar em circulação um conceito ambíguo e temido como aquele de "raça". Um dos questionamentos principais que este fórum de discussão busca responder, fornecendo algumas possíveis respostas, no sentido de um espírito dialógico e plural que dê voz a uma multiplicidade de análises e de prospectivas interpretativas, consiste em perguntar se a raça pode ser uma noção útil para "decifrar" as atuais sociedades e seus respectivos dilemas, fraturas, afasias, em relação a múltiplos issues; além do mais, o fórum busca discutir se, levando a sério a raça (e então assumindo uma resposta cautelarmente positiva a primeira pergunta), não seria necessário remodelar o mesmo léxico da filosofia prática, nas suas dimensões éticas, políticas, jurídicas.

Pode certamente aparecer "paradoxal" o fato que, neste cenário de transformação, possa se pensar em utilizar, como categoria interpretativa, como "instrumento diagnóstico", a noção de raça: noção que se manteve com específica e relevante conotação no peculiar contexto estadunidense (também aqui progressivamente absorvida pela lógica da neutralidade e da color blindness, pelo menos até revelar-se prepotente no final dos anos oitenta do séc. XX, pelas teorias da diferença racial propostas pelos aguerridos estudiosos afro-americanos), de certo, no contexto europeu, ainda é "obscurecido" por um véu que não impede o ressurgimento depois dos indizíveis dramas gerados pelo racismo e pelas práticas monstruosas dos regimes totalitários.

Para desenvolver este complexo exercício - ao mesmo tempo de investigação problemática e de potenciais re-configurações das principais categorias-chave do debate contemporâneo (basta aqui citar aquele da cidadania, igualdade, conflito, discriminação, segurança, identidade, diferença de gênero) - propõe-se assumir como referência uma história, particular, como aquela da Critical Race Theory (CRT). A ocasião é oferecida pela publicação da primeira antologia em língua italiana, única também no contexto europeu, dos principais artigos que marcaram este movimento de intelectuais que, à reflexão teórica, unem um intenso empenho civil e político: Legge, razza e diritti. La Critical Race Theory negli Stati Uniti, sob a coordenação de Kendall Thomas e Gianfrancesco Zanetti (Reggio Emilia, Diabasis, 2005). (Para um aprofundamento dos temas tratados neste fórum, ver Thomas Casadei, Lucia Re (sob a coordenação de), Differenza razziale, discriminazione e razzismo nelle società multiculturali, Reggio Emilia, Diabasis, 2007, vol. 1 e 2.)

Quem desejar participar do fórum pode enviar uma contribuição de no mínimo 3 e no máximo 15 páginas a Lucia Re.

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